segunda-feira, 30 de agosto de 2010

PELAS BARRANCAS DO MADEIRA

Nos dias 18,19 e 20 de agosto de 2010 aconteceu o II Encontro dos Assentamentos Agroextrativistas de Humaitá. Teve como público alvo os assentados: Jovens, Professores, Agentes de Saúde e Extrativistas num total de oitenta participantes.

O objetivo do Encontro foi discutir Políticas Públicas e Manejo nos Assentamentos.

Os participantes reconheceram os avanços, com a oportunidade de, no I Encontro realizado em agosto de 2009, apresentarem as demandas de cada assentamento além da Criação da Comissão dos Assentados como forma de fortalecimento do grupo.

A Comissão dos Assentados já foi a Manaus, apresentar à Superintendente do INCRA suas demandas.

E como o “Caminho se faz caminhando...” destacamos algumas oportunidades, apresentadas neste II Encontro:

• Manejo Florestal Comunitário;

• Implantação nas Comunidades o Ensino Médio com Ponto Digital – SEDUC

• Fortalecimento das estratégias de DRS (Açaí, Castanha e Manejo de Jacaré)

• Construção de Módulos Sanitários – Via FUNASA.

O Desafio a ser enfrentado com urgência é o de esclarecer e apresentar, através do INCRA, os mapas com a delimitação dos PAEs para tal foi agendado um Seminário para o dia 20 de setembro, para encaminhar essa questão.

Agradecemos a todos e a todas que contribuíram na realização deste evento.


Doney Vitor e Irmã Angélica Toneta
IEB e Diocese de Humaitá

domingo, 22 de agosto de 2010

Muita fumaça e poeira aqui no Sul do Amazonas

Pode ser a estiagem que foi mais severa esse ano, assim como as "friagens". Pode ser a expanção da fronteira agricola por Rondônia... O fato é que o nível de poluição superou os índices das grandes capitais e, somando com a poeira da construção do porto de Canutama (obra orçada em 19 milhões !)  e do re-asfaltamento em Lábrea, com obras de pavimentação e escoamento da água, a situação ficou muito ruim para a saúde das pessoas nesses meses de julho e agosto. De fato, em cinco anos eu nunca tinha visto algo sequer parecido com isso.

fotos: Marcelo Horta Messias Franco


Fumaça no porto da cidade de Lábrea em pleno dia (18 de agosto de 2010)

Fumaça no porto da cidade de Canutama, rio Purus, dia 20 de agosto de 2010


Placa da obra do porto de Canutama (20 de agosto de 2010)

Link para reportagem sobre as queimadas no sul do amazonas:
http://www.oeco.com.br/reportagens/24282-nuvem-de-fumaca-encobre-sul-da-amazonia

domingo, 8 de agosto de 2010

Oficina de manejo do cacau nativo em Lábrea reúne coletivos de quatro municípios do Sul do Amazonas

Aconteceu entre os dias 04 a 06 de agosto na cidade de Lábrea a primeira oficina sobre o manejo do cacau nativo. A atividade, também apelidada como "encontro regional sobre o cacau nativo" , contou com a consultoria do economista Alexandre Lins e a participação de produtores e produtoras dos municípios de Manicoré (COVEMA, RDS Rio Madeira, comunidades Novos Prazeres, Sempre Viva) , Novo Aripuanã (Associação ACOSAMA) e Humaitá (Comunidades Pacoval, Paraizinho e Paraíso).

O curso, que contou com a colaboração das associações e entidades locais como o GTA- regional médio Purus, a ATAMP a APAC JG, a COOPMAS e o IDAM, teve uma programação rica, com dois dias de aulas expositivas, trabalhos de grupo e visita à comunidade Barranco do Bosque, na RESEX Médio Purus, onde ocorreu a verificação in loco de pés de cacau nativo. Num segundo momento o grupo visitou a Usina de Beneficiamento de Castanha da COOPMAS  e a usina de óleos vegetais da ASPACS em Lábrea.
Os participantes se sensibilizaram do potencial para a comercialização do Cacau nativo, abundante em toda a várzea do Purus e conheceram a experiência de comercializado na região do alto Purus (municipios de Boca do Acre e Pauiní) pela coperativa COOPERAR (Cooperativa Agroextrativista do Mapiá e Médio Purus) que tem um contrato com a fábrica de chocolates finos alemã Hachez, empresa que vincula fortemente o seu produto ao modo como o cacau é coletado e à região de onde ele provem - a Amazônia.
Segundo Alexandre, para se alcançar um segmento de mercado como esse, os produtores devem ter um bom plano de negócios e acima de tudo primar pela exelência da qualidade do produto. Também a organização social é crucial, para o controle da qualidade e participação nos ganhos.
Como encaminhamento os grupos de trabalho formados por região elaboraram seus próprios "planejamentos para a produção local" a serem devolvidos pelo Alexandre, com as devidas considerações e orientações. A idéia é a formulação de projetos para financiar estruturas de beneficiamento do Cacau nas comunidades que serão mapeadas. Manicoré e Lábrea combinaram de formular suas propostas em sintonia. Os coletivos locais irão se reunir e fechar as estratégias.

por Marcelo Franco do escritório de Lábrea