sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Em nota, movimentos sociais se defendem de acusações de venda ilegal de terras públicas



O movimento em tela está sendo acusado de ‘venda ilegal de terras públicas’ e incentivar ‘sem terras’ a invadirem áreas já ocupadas.

Conforme nota, os movimentos sociais e sindicais se dizem não ser a favor da venda ilegal de terras públicas e também não compactuam com a ocupação de terras ocupadas.

Ainda de conformidade com o documento, os movimentos visam apoiar ocupações organizadas e coletivas, defendendo sempre aquele que tem direito a terra.

“Nós respeitamos a decisão das famílias que ocuparam a área, em seguida procuramos os órgãos responsáveis na região e solicitamos a regularização fundiária com cadeia dominal”, esclarece o documento.
Texto publicado no Portal do Purus: http://www.portaldopurus.com.br/index.php/melhores-noticias/8255-em-nota-movimentos-sociais-se-defendem-de-acusacoes-de-venda-ilegal-de-terras-publicas


Embrapa demonstra tecnologias agroflorestais no sul do Amazonas


Demonstrar tecnologias que possam recuperar áreas degradadas e ao mesmo tempo oferecer opções produtivas que tragam ganhos econômicos aos agricultores e pecuaristas é uma estratégia que está sendo trabalhada pela Embrapa Amazônia Ocidental em quatro municípios do sul do Amazonas, localizados em áreas de forte pressão de desmatamento. Estão sendo implantadas 12 unidades demonstrativas, que servirão para apresentar na prática como o produtor pode implantar Sistema de Integração Lavoura Pecuária Floresta, Pastejo rotacionado e Sistemas Agroflorestais. Nas unidades demonstrativas em fase de implantação nos municípios de Apuí, Novo Aripuanã, Lábrea e Boca do Acre serão realizadas capacitações e os produtores deverão atuar como multiplicadores das tecnologias.

Embrapa demonstra tecnologias agroflorestais  no sul do Amazonas
Exemplo de Sistema Agroflorestal
mapa sul do AM_Essas ações nos municípios de Apuí, Novo Aripuanã, Lábrea e Boca do Acre são resultado de uma articulação entre ações de dois projetos da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) na Amazônia e de um projeto do Governo do Amazonas.
Os projetos da Embrapa são “Rede de intercâmbio e transferência de conhecimentos e tecnologias agroflorestais na Amazônia” e “Rede de transferência de tecnologias de sistemas produtivos sustentáveis para os municípios da Operação Arco Verde na Amazônia Legal”,  que são liderados pela Embrapa Amazônia Oriental e envolvem as demais unidades de pesquisa da Embrapa na região norte. Ambos projetos tem entre seus objetivos implementar ações de transferência de tecnologias agroflorestais na Amazônia para agentes multiplicadores (técnicos da assistência técnica e extensão rural e produtores) para a adoção de sistemas de produção e práticas de manejo sustentável dos recursos naturais que visem à recuperação das áreas degradadas da região amazônica.
As ações desses projetos da Embrapa convergem com objetivos do Governo do Estado do Amazonas, no projeto “Reflorestamento em áreas de intensa pressão de desmatamento no sul do estado do Amazonas”, sob gestão da Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (SDS). Através deste projeto foi feito convênio com o Instituto Amazônia, uma organização não governamental, que foi selecionada em chamada pública e contratada pelo Governo do Estado para auxiliar nas ações de recuperação de áreas degradadas. Por sua vez o Instituto Amazônia buscou na Embrapa Amazônia Ocidental (AM), expertise para contribuição no projeto, que tem três componentes: Gestão ambiental, Ordenamento Territorial e Fundiário, e Desenvolvimento Sustentável.  A Embrapa atua neste último componente, com foco em atividades econômicas sustentáveis com reflorestamento.
Jeferson Macedo e produtoresO pesquisador da Embrapa Amazônia Ocidental, Jeferson Macedo (na foto, ao centro, junto com produtores no sul do AM) que coordena as atividades da Embrapa em relação a esses projetos nos municípios do Amazonas, explica que Apuí, Novo Aripuanã, Lábrea e Boca do Acre são os municípios contemplados, por apresentarem altas taxas de desmatamento em seus territórios e pela pressão de ocupação, extração madeireira e atividades agropecuárias pouco sustentáveis.
Diante disso, a Embrapa Amazônia Ocidental priorizou para implementação nos municípios unidades demonstrativas das seguintes tecnologias agroflorestais - sistema de Integração Lavoura Pecuária Floresta (ILPF), sistema de Pastejo Rotacionado e Sistemas Agroflorestais – que podem servir como alternativa para conciliar a produção agrícola e recuperação de áreas degradadas.
No Sistema de integração Lavoura, Pecuária, Floresta (ILPF) serão combinados três tipos de cultivos: uma lavoura, geralmente, de milho, forrageiras e plantio de árvores na pastagem.
animais sob arvoreO pesquisador Jeferson Macedo explica que o plantio de árvores se destina a melhorar o conforto térmico dos animais e ajudar a reduzir a erosão do solo, melhorar a conservação da água, além de capturar e fixar carbono e nitrogênio, e o sistema como um todo melhora a renda do produtor, pois traz melhor aproveitamento da área com a produção de grãos, forragens de boa qualidade e com isso melhora a produção animal. As unidades demonstrativas de ILPF estão sendo implantadas em Apuí, Boca do Acre, sul de Lábrea e Novo Aripuanã.
Já o  pastejo rotacionado é um sistema que subdivide a pastagem em vários piquetes, para serem utilizados em sequência, por lotes de animais. As unidades demonstrativas desse sistema serão em áreas de pastagens nos primeiros estágios de degradação e será feita a renovação combinando três gramíneas e uma leguminosa. As gramíneas são a Brachiaria brizantha cultivar Xaraes (MG5) e oPanicum maximum cultivar Mombaça, ambas com elevada produção de forragem e com bom valor nutritivo para o gado; e Brachiaria humidicola (quicuio) adaptada aos solos de baixa fertilidade. A leguminosa utilizada será o amendoim forrageiro. As unidades demonstrativas de pastejo rotacionado ficam em Apuí, Boca do Acre e Novo Aripuanã.
A implantação dos Sistemas agroflorestais (SAF) está sendo nos quatro municípios sendo que em Lábrea, serão duas, uma em propriedade na sede e outra no sul do município .
saf_exO SAF é um sistema em que o manejo da terra combina o cultivo agrícola com o plantio de árvores, conciliando espécies frutíferas, madeireiras, e outras que tragam benefícios ecológicos para recuperação da área, com a diversificação da produção ao longo do tempo, podendo também incluir criação de animais.
Foram selecionadas para compor os modelos agroflorestais, 10 espécies árboreas florestais (andiroba, andirobinha, castanha, cedro rosa, copaíba, cumaru verdadeiro, genipapo, mulateiro, manga e piquiá), sete espécies frutíferas (açaí de toceira, açaí solteiro, cupuaçu, cacau, guaraná, banana e abacaxi) , cinco cultivos agrícolas  anuais (mandioca, macaxeira, milho, feijão-caupi, arroz) e três espécies leguminosas florestais de “serviço ambiental” (baginha, bordão-de-velho, ingá de metro, indicadas para a melhorar a fertilidade do solo e ciclagem de nutrientes.
A Unidade Demonstrativa é mais que um plantio demonstrativo, conforme esclarece o pesquisador Jeferson Macedo. "Envolve uma metodologia que inclui a demonstração de um conjunto de técnicas, geradas ou adaptadas para uma região e utilizadas por um produtor multiplicador, sob orientação e controle técnico com a finalidade de criar um exemplo real na comunidade, para posterior adoção pelos demais produtores", afirma. Embora sejam 12 unidades demonstrativas, em áreas de produtores selecionados, estes servirão de base para a capacitação dos demais agricultores dos municípios.
Jeferson informa que para a seleção de áreas se utilizou imagens de satélite de alta resolução dos quatro municípios, a partir do qual se elaborou uma mapa base com as características gerais das áreas de atuação, depois foi feito um reconhecimento do local, e contato direto com produtores. De forma geral as áreas selecionadas apresentam áreas já desmatadas na propriedade (abandonadas e/ou degradadas); possuem acesso próximo a estrada ou ramais principais e estão localizadas em pontos estratégicos para permitir a mobilização de grupos de produtores de interesse em torno das UDs para as atividades de capacitação.
Os produtores foram selecionados a partir de alguns critérios, tais como, residir na propriedade, ter na atividade agropecuária a base principal da renda familiar, concordar em atuar como multiplicador permitindo o acesso dos demais produtores à UD,  apresentar capacidade de desenvolver as ações previstas, compromisso de cumprir todas etapas desde o planejamento inicial ate a analise técnica e econômica final da UD. O pesquisador Jeferson Macedo, acrescenta que também se considerou o histórico de serem pessoas acreditadas junto ao grupo de produtores, com espírito inovador e interesse em cooperar com os agentes de extensão e demais produtores.
Através dos projetos, já foram feitas coletas e análises de solo, cadastro ambiental das propriedades e diagnóstico socioeconômico dos produtores, para definir o marco zero do projeto e depois poder verificar as mudanças ocorridas. 
mudas para safAs Unidades Demonstrativas estão em fase de implantação, com aquisição de mudas (foto) e insumos, preparo mecanizado do solo, correção da acidez e fosfatagem do solo. Essas ações estão sendo feitas em parceria com os escritórios locais, nos quatro municípios, sob orientação dos técnicos extensionistas do Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal do Amazonas (Idam), órgão oficial responsável pela assistência técnica no estado. Foram contratados ainda 20 técnicos, via Instituto Amazônia (IA), para atuar no sul do amazonas nestes projetos, colaborando junto aos técnicos do Idam.  Esses técnicos, tanto do Idam e os contratados pelo IA, receberam capacitação sobre sistemas agroflorestais, ministrada  pela Embrapa Amazônia Ocidental e Embrapa Acre, em julho de 2012. Outras capacitações estão previstas para estes técnicos em 2013 .
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Embrapa Amazônia Ocidental
Síglia Souza - Jornalista MTb -66/AM
(92) 3303-7852/ 3303-7860
siglia.souza@embrapa.br

Encontro de povos indígenas do sul do Amazonas será em Abril


Começaram a ser traçados no escritório central da Associação de Defesa Etnoambiental Kanindé os primeiros passos do planejamento do grande encontro de povos indígenas do sul do Amazonas. O encontro está sendo promovido pelo Povo Indigena Jiahui, através de sua associação APIJ. Com o apoio da Kanindé, FUNAI e SEIND - Secretaria de Estado do Amazonas para os Povos Indígenas que foi criada com a finalidade de formular, executar e implementar a política de etnodesenvolvimento do Estado, em parceria com outras instituições dos governos federal, estadual e municipal, com as comunidades, organizações indígenas e entidades não governamentais.
“O encontro será em abril e reunirá as dez etnias que vivem nas dez terras indígenas localizadas no sul do Amazonas”, salienta Nilcélio Jiahui durante o encontro. A ideia é reunirmos todos os dez povos em torno de uma agenda comum. Entre esses povos estão os Pirahã, os do Médio Purus, Jiahui, Parintintin e Juma, que tem recebido apoio direto e indireto da Kanindé, afirma Ivaneide Bandeira, conselheira da Kanindé.
A programação completa deve incluir discussões em diversos temas como saúde, educação, fortalecimento dos povos do sul do Amazonas.

Fonte: Assessoria Kanindé

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Programa AMAGAIA acontecerá na FLONA Purus em Boca do Acre/Pauiní

O Instituto Socioambiental de Viçosa e a Associação de Moradores da Vila Céu do Mapiá, em parceria com Gaia Education, apresentam:


AmaGaia - Educação para o Desenvolvimento de Ecovilas na Amazônia.


O programa AMAGAIA é oferecido atualmente em todos os continentes do planeta, sempre adaptado a cada realidade local, visa, de uma forma holística e participativa, inspirar e capacitar indivíduos para a construção de comunidades sustentáveis.


O programa é dividido em quatro semanas, uma para cada dimensão da sustentabilidade (Social, Econômica, Ecológica e Cultural). Ao longo do programa, com base em experiências de sucesso nestas quatro dimensões, praticadas em comunidades intencionais de todo o Planeta, somadas à rica experiência comunitária do Céu do Mapiá e suas comunidades-satélite, serão construídas ações concretas a serem implantadas no dia a dia comunitário. Para isto, ao longo da formação, os participantes irão formar subgrupos cuja tarefa é criar aplicações práticas das ferramentas, conhecimentos e inspirações adquiridos no curso para situações reais da comunidade (ex: educação, produção de alimentos, empreendimentos econômicos, gestão de resíduos, uso da água, manejo de produtos florestais, etc).


O AMAGAIA está planejado para acontecer em 2013 na Vila Céu do Mapiá, sendo oferecidas 40 vagas para membros das comunidades da calha do igarapé Mapiá. A intenção é que o grupo represente a diversidade de organizações, grupos, famílias e faixas etárias, para que os resultados possam ter o máximo potencial de mudança da comunidade como um todo. Serão ainda oferecidas 10 vagas para representantes de comunidades vizinhas e membros do Conselho Consultivo da Floresta Nacional do Purus (FNP), contribuindo para o fortalecimento da gestão da FNP e das comunidades de seu entorno.


Visando adequar o programa AMAGAIA à realidade local, no sentido de favorecer a participação, os módulos serão oferecidos da seguinte forma: Fevereiro de 2013 -Módulos Social e Econômico; Maio de 2013 - Módulos Ecológico e Cultural.

Fonte: ISA VIÇOSA  -

http://amagaia2013.blogspot.com.br/

http://www.isavicosa.org/amagaia.htm



quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Médio Purus: Subvenção da borracha e trabalho social animam extrativistas da Resex


       Nesse início de 2013 tive o prazer de aceitar o convite do amigo Antônio David Brito de Lima, presidente da associação APAC - JG que é a Associação dos Produtores Agroextrativistas da Comunidade José Gonçalves, para percorrer toda a Resex Médio Purus entre os municípios  de Lábrea a Pauiní (AM), onde essa associação, em parceria com a ASPACS (Associação dos Produtores Agroextrativistas da Colônia Sardinha) e da ADS - Agência de Desenvolvimento Sustentável do Amazonas (Governo do Amazonas) desenvolve, desde o ano de 2003 a trabalho da compra e o pagamento da subvenção da borracha diretamente ao produtor.


Barco da ASPACS

"Barco na água"   Antônio David me contava  que na safra passada eles escoaram pela associação uma quantidade de 69 toneladas de borracha em CVP (Cernambi Virgem Prensado) e que esperam pouco mais de 62 T nesse ano só em Lábrea, no Amazonas hoje o segundo maior produtor, depois de Eirunepé no Juruá. A pequena redução segundo ele, se deveu à alagação que ocorreu em 2012 , mas que a meta para os próximos dois anos é dobrar a produção, até porque , com o incentivo do Estado , somando-se as subvenções Municipais (Lábrea e Canutama) e a política de preço mínimo da CONAB - Governo Federal, o quilo da borracha chega a 5 reais ao produtor , valor que a APAC JG consegue pagar diretamente graças ao capital de giro conseguido via financiamento com a AFEAM que é a Agencia de Fomento do Estado do Amazonas. A APAC JG atende hoje 233 produtores dentro da Resex Médio Purus. São mais de 30 comunidades em que eles param de porto em porto. Se somados aos produtores que a ASPACS atende em Lábrea , são 350 seringueiros na Resex Médio Purus. Os municípios de Pauiní e Canutama ,se somam à cadeia produtiva comprando borracha acima do municipio de Pauini com a associação ATRAMP e em Canutama dentro da Resex Estadual de Canutama com a associação ASPAC de Canutama.

Indígenas

David vê com os bons olhos o interesse das aldeias indígenas em cortar seringa e pretende realizar uma reuniao dom a FUNAI para buscar parceria e ampliação do atendimento , com distribuição de Kits sangria e apoio no escoamento da produção. Ele estima que dos 233 produtores cadastrados , uns 5% são indigenas , Paumaris e Apurinãs, das TIs, Acimã, IG Mucuim, Marahã, e dos rios Sepatini e Seruini em Lábrea. Ele prevê que haverá mais indigenas cadastrados nese ano.
 
Pólo de duas rodas em Manaus
 
Melo - ADS
           A borracha escoada pelo Purus está indo abastacer a fábrica NEOTEC do grupo Levorin, instalada no pólo industrial de Manaus desde o ano de 2011. Antes de chegar a Manaus, a borracha 'CVP' de Lábrea vai para Manicoré onde é transformada em GEB - Granulado Escuro Brasileiro seguindo para o pólo de duas rodas.  Esse arranjo entre Goveno do Estado , Movimento Social e setor privado , está beneficiando diretamente os extrativistas e suas famílias, possibilitando que a borracha seja mais uma fonte de renda para o morador da floresta Amazônica. Segundo Raimundo Nonato de Melo , técnico da ADS em Lábrea e responsável pela calha do Purus, sem o envolvimento das associações , devidamente estruturadas e em dia com suas obrigações , esse arranjo seria impossivel. Melo também destaca localmente a parceria dos escritórios do IDAM nos municipios de Pauiní, Lábrea e Canutama. Seguiu nessa viagem conosco o técnico florestal do IDAM Valdeson Vilaça que está fazendo o georeferrenciamento casa por casa de todas as comunidades rurais de Lábrea.
 
Trabalho social
 
 
David entregando o dinheiro ao seringueiro
     A APAC JG, além de pagar a subvenção no porto do seringueiro, está começando a ensaiar um trabalho social, levando rancho e combustível (pequenas quantidades) a preço de Lábrea para oferecer ao produtor.  Em conversas com a nossa equipe e com o Presidente do CNS baseado em Manaus , Manoel Cunha, estamos planejado uma visita ao municipio de Carauari no rio Juruá para conhecer de perto a experiência das cantinas comunitárias da ASPROC nesse ano de 2013. A APAC JG é parceira também do IEB no projeto submetido recentemente ao Fundo Amazônia. Essa proposta caso aprovada irá alavancar ainda mais a cadeia produtiva da borracha no Médio Purus, podendo beneficiar mais familias.
 
Da esq. para dir.:"Coronel", "Roxo" e o técnico Valdeson (IDAM)
 
 
Bem, nossa 'carona' no barco da ASPACS terminou no municipio de Pauiní , depois de 5 dias subindo o Purus. Nós voltariamos a alcançar o barco quatro dias depois , 'na baixada' quando eles vem parando pacientemente de comunidade em comunidade, numa viagem de em média 25 dias  que eles fazem no mínimo três vezes ao ano , esses heróis modernos da Amazônia. De Pauiní encontramos nosso companheiro José Maria II, o presidente da ATAMP na comunidade Vila Limeira,  embarcamos na voadeira e de lá continuamos subindo o Purus  rumo ao igarapé Mapiá, com destino a Vila Céu do Mapíá ,onde nos esperavam Zezinho , Josi e Fran da equipe SULAM,  para mais uma atividade - o I Encontro de UCs Federais de Boca do Acre, mas essa já é uma outra história...
 
                                                             por Marcelo Horta Messias Franco , IEB escritório Lábrea
 
Mais informações:
 
 
 
 
                     Vídeo: embarque da borracha na comunidade Santa fé Resex Medio Purus:
 
 
 

Nota de esclarecimento do movimento social de Boca do Acre - AM


Boca do Acre,  05 de janeiro de 2013
  
O movimento social do município de Boca do Acre, representado aqui pela Comissão Pastoral da Terra (CPT), pelo Conselho Nacional das Populações Extrativistas (CNS), e pelo Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais (STTR), vem através desta comunicar a toda a população do município e região, e prestar esclarecimentos para as autoridades governamentais como  Ministério Público, Polícia Militar e Polícia Civil, Secretaria do Patrimônio da União (SPU), Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), Programa Terra Legal, e Instituto de Terras no Amazonas (ITEAM) sobre as acusações que nos têm sido feitas sobre a venda ilegal de terras públicas.

Esclarecemos que em nenhum momento o movimento social foi conivente com a venda ilegal de terra.  Se alguém, em nome do movimento social, está praticando este tipo de irregularidade, pedimos que a justiça tome as providências  de acordo com a lei.

Deixamos claro aqui que não compactuamos com essas atitudes por entendermos que quem vende terra pública está cometendo estelionato. Afirmamos que jamais vamos  defender aquele que quer terra para fazer comércio.

O movimento social de Boca do Acre também tem sido acusados de incentivar pessoas a ocupar terras já habitadas, mesmo sendo terra está uma terra pública.

Apenas apoiamos ocupações organizadas e coletivas, definidas pelos trabalhadores e trabalhadoras rurais. Nós respeitamos a decisão das famílias que ocuparam a área, em seguida procuramos os  órgãos responsáveis na região e solicitamos a regularização fundiária com cadeia dominial. Com isto teremos argumentos para defender aquele que tem direito à terra.

É assim que fazemos nosso trabalho educativo: transformando juntos aos povos da terra e aos pobres de DEUS, ouvindo os clamores que vem dos campos e florestas, que são aqueles que estão sufocados pela maldita grilagem.

Estamos à disposição para qualquer esclarecimento

Cosme Capistano da Silva  - Representante da CPT

Luzia Santos da Silva - Representante do CNS

Maristela Lopes da Silva - Presidente do  STTR