quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Cresce desmatamento no Amazonas, aponta Imazon

Relatório do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) aponta crescimento do desmatamento no Amazonas. Segundo o levantamento, divulgado nesta quarta-feira (23), dois municípios do Estado estão entre os municípios mais críticos da região quando o assunto é área desmatada. Desmatamentos menores que 6,25 hectares, ou seja, abaixo da capacidade de detecção do SAD, não são incluídos nas estatísticas.


Mapa do Imazon mostra pontos de desmatamento detectados em dezembro. (Foto: Reprodução)


A devastação no Amazonas, de acordo com o levantamento paralelo ao oficial, representou 16% do total do desmatamento de toda a Amazônia, com 27 quilômetros quadrados de área destruída, no mês de dezembro de 2010. Já no primeiro mês deste ano, os dados do Instituto apresentam base de desmatamento de 3,5 quilômetros quadrados. O Imazon destaca que os números podem estar subestimados. Em ambos os meses, foi possível monitorar somente 30% da Amazônia. O relatório mostra os municípios de Lábrea, a 702 quilômetros de Manaus, e Canutama, a 619 quilômetros, entre os dez municípios da Amazônia com situação mais crítica em desmatamento. O primeiro aparece, em dezembro do ano passado, como o segundo em área desmatada. Já Canutama fica no quinto lugar do ranking.



Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que faz o levantamento oficial da destruição da floresta amazônica, já indicavam um aumento da devastação no fim do ano passado, em comparação a 2009, em toda a região amazônica.

Estatística acumulada

Considerando os seis primeiros meses do calendário atual de desmatamento (agosto de 2010 a janeiro de 2011), o Amazonas derrubou 120 quilômetros quadrados de floresta. Isso representa 14% de toda a devastação registrada. Somado o Estado aos números do Mato Grosso, Pará e Rondônia, os quatros estados foram responsáveis por 93% do desmatamento ocorrido na Amazônia Legal no período.Comparando a estatística do Amazonas com os números do mesmo período do ano anterior (agosto de 2009 a janeiro de 2010), houve aumento de 33% do desmatamento no Estado.


FONTE: PORTAL AMAZÔNIA

Reportagem: Agostinho Alves

sábado, 19 de fevereiro de 2011

1ª REUNIÃO DO CONSELHO DELIBERATIVO DA RESEX RIO ITUXI

      
       Ocorreu em Lábrea, na sede da UEA nessa sexta e sábado , dias 18 e 19 de fevereiro a 1ª reunião do conselho deliberativo da resex Rio ituxi. A reunião foi muito importante e com a participação de todos os titulares e suplentes , membros das organizações do governo, não governamentais e das comunidades da Reserva. No 1º dia houve a apresentação dos conselheiros que falaram das suas expectativas para esse encontro.
      O Sr Coelho pagou prenda contando verso e o cantor João Sabino apresentou uma música para a Lilian Estrela do ICMbio. Houve a presença da turma de Humaitá representando o Conselho Consultivo da FLONA de Humaitá - O Nilcélio Jiahui, o Raimundo "Bucho", o Francisco(Chico da Flona),o Nestor, o Vanderlei e o João. Ainda no primeiro dia votamos para a Vice-presidencia do conselho e a secretaria executiva. Foi eleito para a vice presidência do conselho o Sr. João Sabino , nosso querido cantor. Para a secretaria executiva foram eleitos o Sr. Antônio Martins , o Coelho, representando a APADRIT, o Valdeson Vilaça , representando o IDAM, e o Irismar Monteiro Duarte representando as comunidades. No dia seguinte foi iniciado os trabalhos de grupo onde nos dividimos para apontar os problemas , as possíveis soluções e as parcerias que podem ajudar a resolver esses problemas. Com isso , formamos os Grupos de Trabalho dentro do Conselho Deliberativo , que foram Educação e Saúde, Madeira, Transporte e Comunicação e Pesca e Agricultura e Produtos não-madeireiros.
             A reunião terminou a com a elaboração do plano de trabalho para o ano de 2011 e também a entrega do certificados.






domingo, 13 de fevereiro de 2011

Embrapa apresenta propostas para reflorestamento do Sul do Amazonas

          A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária da Amazônia Ocidental (Embrapa) apresenta nesta sexta-feira (11), a gestores de instituições ambientais e fundiárias, opções para recuperação de áreas desflorestadas e pastagens degradadas no Amazonas. A visita está sendo realizada na sede da Embrapa, em Manaus. O objetivo da visita é identificar alternativas econômicas e ecológicas para a região sul do Amazonas, que mais sofre pressão de desflorestamento no Estado. O projeto foi aprovado no final de 2010 para financiamento pelo BNDES com recursos do Fundo Amazônia, no valor de R$ 20 milhões, sendo administrado pelo Governo do Amazonas, através da SDS. O grupo participa de visitas técnicas a experiências com sistemas agroflorestais, silvipastoris e agrossilvipastoris. A primeira visita ocorre no campo experimental da Embrapa Amazônia Ocidental no Km 54 da rodovia BR-174. Esse campo localizado no Distrito Agropecuário da Suframa (DAS) é a base para vários projetos de pesquisas da Embrapa com recuperação de pastagens degradadas. As pesquisas envolvem sistemas de lavoura, pecuária, floresta, agroflorestais, sistemas consorciados de palma de óleo e sistemas de produção de guaraná e mandioca em áreas de pastagens degradadas, que serão os temas apresentados no local pelos pesquisadores da Embrapa. O representantes e pesquisadores também estão conhecendo as alternativas agroflorestais desenvolvidas na Estação Experimental da Ceplac , também na rodovia BR-174 e depois o Centro de Sementes Nativas do Amazonas e viveiro florestal da Ufam no setor sul do campus universitário em Manaus A comissão é integrada por técnicos da Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável do Estado do Amazonas (SDS-AM), Instituto de Proteção Ambiental do Estado do Amazonas (Ipaam), Instituto de Terras do Amazonas (Iteam), do Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal do Estado do Amazonas (Idam), do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), entre outros.


do Jornal a Crítica de Humaitá

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Manicoré: Secretaria Municipal realiza apreensão de 300kg de pescado

foto: Jean Santiago

      
            Na última semana a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Manicoré (SEMADES), flagrou 300 quilos de peixes, tipo pacu, dentro de um isopor que fazia carga em um recreio que seguia para a cidade de Manaus. A abordagem, notificação e apreensão da carga ilícita foram realizadas por Rosival Ribeiro da costa, secretário da SEMADES. No momento do flagrante o barco encontrava-se no porto de Manicoré e a carga de peixes pertencia a Deuzimar Lago da Cruz, que será autuado por crime ambiental, visto que no período de 15/11 a 15/03 iniciou-se a Piracema e diversos pescados ficaram proibidos de serem capturados, incluso o Pacu. Depois da apreensão, todo o peixe foi distribuído para famílias residentes na sede do município de Manicoré. “O trabalho continuará”, disse Rosival. “Trata-se do cumprimento de uma Lei Federal que puni infrações que podem trazer graves conseqüências não só para nós que precisamos da natureza nos dias de hoje, mas, também para nossos sucessores”, argumentou. Ao terminar a distribuição dos peixes, o secretário agradeceu aos comunitários, à equipe de assessores e toda a imprensa presente, enfatizando a importancia da divulgação dessas ações. O flagrante delito foi acompanhado por Altemar Reis assessor de Gabinete da Prefeitura local, Ricardo e Pedro Abreu (SEMADES) e pelo fotógrafo Jean Santiago (Jornal O Curumim) que acompanharam todo o processo de apreensão e distribuições dos peixes. O defeso da Piracema é determinado pela Lei n° 7.679, de 23 de novembro de 1988, e estabelecido anualmente pelo IBAMA, com a colaboração de órgãos, instituições e associações envolvidas com a pesca em cada bacia hidrográfica. Ocorre entre os meses de outubro e março e corresponde ao período de desova dos peixes, quando nadam contra as correntezas para se reproduzirem.

fonte: www.ocurumim.com.br

Agricultores de Novo Aripuanã isolados

          Há pelo menos cinco dias que o município de Novo Aripuanã ficou isolado de Apuí, em consequência do rompimento de um aterro de um igarapé que cruzava a estrada que liga os municípios.
         Além do município ter ficado isolado, centenas de produtores rurais que moram ao longo da estrada e moradores das comunidades ribeirinhas do rio Acari ficaram impossibilitados de escoarem a produção e suas mercadorias. A prefeitura municipal tentou improvisar meios que pudessem ajudar à população, como a construção de uma “pinguela de madeira”. As intensas chuvas, porém, destruíram a ponte improvisada. O engenheiro Roberto Costa, ligado à Prefeitura, entrou em contato com a Secretaria de Estado de Infra-Estrutura do Amazonas, (Seinf) que enviou engenheiros ao local para fazer uma avaliação do ocorrido. “Esperamos que o governo entre em ação o mais rápido possível para nos ajudar a solucionar o problema”, disse o prefeito de Novo Ariupanã, Hilton Laborda Pinto, o "Mina".

fonte: Jornal a Crítica, reportagem de Piero Caíque
retirado do site "O Curumim": http://www.ocurumim.com.br/
                                                                                           SULAM 2011

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Câmara Municipal de Humaitá cobra compensações sociais das Hidrelétricas do Madeira



Humaitá (AM) – A Câmara de Vereadores de Humaitá, através de sua mesa diretora, iniciou uma verdadeira cruzada no sentido de garantir ao município as chamadas compensações sociais, como resultado dos impactos ambientais causados pela construção das hidrelétricas do Madeira, Santo Antonio e Jirau.

A primeira de várias reuniões agendadas aconteceu na manhã desta quarta-feira (09), na sala da presidência e contou com a participação de representantes do 54º. Batalhão de Infantaria de Selva, Universidade Federal do Amazonas-UFAM, Prefeitura de Humaitá e Instituto Internacional de Educação do Brasil – IEB. Representantes do IBAMA foram convidados, porém, não compareceram. A promotora de Justiça da Comarca, Simone Martins Lima, justificou ausência, informando que se encontra na cidade de Manaus.

O presidente da Casa, vereador Herivâneo Seixas (PSB), abriu os trabalhos, ressaltando a importância daquele encontro para a sociedade humaitaense, sobretudo, disse ele, “porque nosso município já está sofrendo as consequências da construção daquelas hidrelétricas e precisamos fazer alguma coisa”.

O vice-presidente, vereador Carlos Evaldo Terrinha Almeida de Souza (PDT), fez um detalhamento do que são as compensações sociais e das enormes dificuldades que o município de Humaitá já vem sofrendo por causa das hidrelétricas.

Segundo o vereador, “além da questão ambiental, que atinge as comunidades ribeirinhas, radicadas ao longo do Rio Madeira, que corta a cidade de Humaitá, outros eventos de natureza social, de saúde, etc, estão afetando diretamente a população e ninguém faz nada”.

Para o Assessor do IEB, Engº. de Pesca, Doney Vitor, que há alguns anos estuda os impactos ambientais no Rio Madeira, “o município de Humaitá ficou fora das compensações sociais, porque para o Consórcio Santo Antonio Jirau, que se baseia em um Estudo de Impacto Ambiental - EIA, o município não sofrerá nenhuma consequência, o que é um grande equívoco”, asseverou.

O prefeito de Humaitá, Dedei Lobo (PMDB), também questionou esse tema, visto que, “cerca de duas horas de Humaitá está o Distrito de Calama, localizado no mesmo Rio Madeira, e, aquela localidade, dentre outras próximas a Humaitá, foram incluídas nas compensações. Por que não Humaitá? Ponderou o prefeito.

A secretária de saúde de Humaitá, Enf.ª Sara Riça, destacou que possivelmente até dois mil trabalhadores de Humaitá, estão atuando naquelas hidrelétricas, porém, suas famílias continuam na cidade de origem, sendo que periodicamente retornam.

Isso, disse a secretária acarreta várias preocupações, como o fato de que quando adoecem, vêm se tratar em Humaitá. Além do que, podem ser agentes de contaminação de conhecidas doenças sexualmente transmissíveis, malária, leishmaniose, etc.

Já no encerramento, o vereador Terrinha, um dos cabeças do movimento desde 2008, foi enfático ao assegurar que “iremos às últimas consequências para demonstrar a quem quer que seja, que nós não estamos brincando, ao contrário, como representantes do povo, faremos o nosso papel”.

O presidente Herivâneo Seixas encerrou os trabalhos garantindo que “mesmo que as audiências públicas tenham acontecido em 2006 e Humaitá não tenha participado, tudo o que for possível faremos para que o nosso povo não seja prejudicado”.

AGENDA

Por sugestão do prefeito Dedei Lobo, o próximo passo será uma reunião na cidade de Manicoré, também na Calha do Madeira, se possível ainda em fevereiro, quando serão convidados os prefeitos dos municípios de Novo Aripuanã, Borba e Nova Olinda, além de Humaitá e Manicoré, para amadurecimento do tema.

Outra reunião acontecerá em Manaus, no mês de março, na sede da Associação Amazonense de Municípios-AAM, com prefeitos, representantes de ONG´s, Instituições como INCRA, IBAMA, UFAM, UEA, Ministério Público do Amazonas, dentre outras, para avaliação dos trabalhos e estabelecimento da pauta da última reunião dessa etapa, que acontecerá em Humaitá, também com todos os atores envolvidos.

A partir daí, representantes dos Consórcios Santo Antonio Energia e Jirau Energia serão chamados à mesa de negociações, quando se espera um embate gigantesco, já que segundo consta, ambos os consórcios não estão dispostos a incluir Humaitá e outros da Calha do Madeira, na lista de compensações sociais.

Elias Pereira, Tribuna Mangabense
Doney Vitor, Assessor de Campo IEB Humaitá.

KANINDÉ ganha eleição do conselho nacional do meio ambiente pela terceira vez consecutiva

 O Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) é formado por 270 organizações da sociedade civil de todo o País, dez representantes regionais e o nacional. A eleição para o mandato 2011/2013 encerrou na última sexta-feira.  O resultado final será homologado no dia 16 de fevereiro, quando termina o prazo para a interposição de recursos ao pleito, caso ocorram.A apuração dos votos foi na sede Conama, em Brasília, transmitida em tempo real pela Internet e contou com a presença de representantes do MMA e de organizações não-governamentais.
  Pela terceira vez consecutiva, a Associação de defesa Etnoambiental Kanindé vai representar a região norte no maior conselho de meio ambiente do país. O coordenador da entidade Israel Vale destaca que além da luta contra as hidrelétricas na Amazônia, neste triênio a Kanindé vai buscar a implentação da lei do REDD+ e do carbono.
“Precisamos embasar os indígenas que estão se preparando para a venda dos créditos de carbono, como é o caso dos Suruí.”O líder indígena Almir Suruí conseguiu com a deputada federal Marinha Raupp uma promessa de que a lei será enviada ao congresso ainda este ano. “A presença da Kanindé no CONAMA mais uma vez reforça a credibilidade da nossa entidade na área ambiental”, reforça a coordenadora de projetos da Kanindé Ivaneide Bandeira.

Candidataram-se às eleições do Conselho 31 organizações não governamentais. A eleição teve a participação de mais de 50% das entidades inscritas no Cadastro Nacional de Entidades Ambientalistas, o CNEA, do Ministério do Meio Ambiente. No total, participaram 270 eleitores, sendo 41 pelo correio e 230 pelo sistema eletrônico. O total de votos brancos e nulos ficou em torno de 10%.A posse dos novos conselheiros será no dia 30 de março, durante a primeira reunião plenária do ano.
 
retirado do site "Rondônia ao Vivo"