"Não dá para contar a enorme quantidade de castanheiras queimadas, é um "holocausto ambiental" ali onde há fartura delas"
Continua a
devastação no Sul do Amazonas.
Fazendeiros e madeireiros de comum acordo tiram a madeira e depois incendeiam
literalmente a floresta. Acabado o fogo se semeia capim. "Estão acabando com as
florestas ali no Sul de Lábrea" relatam testemunhas, No local tem acesso por
Vista Alegre de Abunã distrito de
Porto Velho RO, já nas proximidades do Acre. " Não dá
para contar a enorme quantidade de castanheiras queimadas, é um "holocausto
ambiental" ali onde há fartura delas. O que fazer além de denunciar, denunciar e
ficar com uma raiva desgraçada?" Se bem
que o IBAMA apreendeu muita madeira depois de nossas inúmeras denúncias e lá,
onde foi jogada deve apodrecer, ou são inutilizadas por
funcionários.
Assentamento florestal com
dificuldades.
Assim mais de 200 toras de madeira roubada de um
assentamento próximo forma picadas, sem deixar que a madeira fosse aproveitada
pelos assentados. Criado sob a
liderança de Adelino Ramos, assassinado em 2011, o Assentamento Florestal
Curuqueté, está situado dentro do estado de Amazonas, a 70 k, de Vista Alegre do
Abuná, sofre com grandes dificuldades.
O
assentamento florestal planeja desenvolver o aproveitamento dos produtos da
floresta, admitindo apenas o
desmatamento para pequenas roças de subsistência.
Enquanto a
devastação de grileiros e madeireiros continua no entorno do assentamento, o
mesmo enfrenta muitos problemas para ir para frente. "Existe muita
dificuldade para as famílias chegar e sair de lá. Os acampados só têm para comer
caça e algumas coisas que conseguiram plantar até agora. Há muita desistência no
PAF, a maioria das famílias foram embora e chegaram outras. Não há escola, não
há energia, não há estrada, não há um carro, moto, bicicleta, cavalo, jegue pra
ir até Vista Alegre do Abunã que fica a 70 km" . As únicas caronas são os
caminhões carregados de toras. "Quando necessitam ir até Vista Alegre às
vezes esperam dias um caminhão de madeira".
Comercio ilegal de madeira, um problema mundial No centro dos problemas sociais e ambientais do Sul do Amazonas, o comércio ilegal de madeiras assola toda a Amazônia e outras regiões do planeta.
Segundo informações,
o comércio de madeira extraída ilegalmente na Amazônia, na África Central e no
sudeste Asiático movimenta de US$ 30 bilhões a US$ 100 bilhões por ano e é
responsável por até 90% do desmatamento de florestas tropicais no
mundo. O alerta foi feito ontem pelo
Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) e pela Interpol, durante
a divulgação do relatório Carbono Verde: Comércio Negro.
De acordo com o levantamento, de 50% a
90% da exploração madeireira nos países daquelas três regiões é realizada pelo
crime organizado, respondendo por até 30% do comércio global. A atividade, aponta o relatório, conta tanto com
velhas táticas, como suborno e falsificação de licenças, quanto com tecnologias
mais modernas de invasão de sites do governo. No total, foram descritas 30
formas de obtenção de madeira e "lavagem" de madeira ilegal.Casos assim foram identificados no Brasil. Em 2008,
diz o trabalho, hackers que trabalham com madeireiros ilegais no Pará
conseguiram acessar as licenças de corte e transporte de madeira, possibilitando
o roubo de 1,7 milhão de metros cúbicos de floresta. A história envolveu 107
empresas, que acabaram sendo processadas em US$ 1,1 bilhão.
De acordo com a Interpol, a retirada ilegal de madeira está associada também ao aumento de violência em geral, assassinatos e agressões a populações indígenas. A Polícia Internacional alerta que é necessário um esforço global coordenado para lidar com o problema.
"A exploração madeireira ilegal pode minar esse esforço, roubando as chances de um futuro sustentável de países e comunidades" afirmou o diretor executivo do Pnuma, Achim Steiner, durante a divulgação do relatório.
De acordo com a Interpol, a retirada ilegal de madeira está associada também ao aumento de violência em geral, assassinatos e agressões a populações indígenas. A Polícia Internacional alerta que é necessário um esforço global coordenado para lidar com o problema.
"A exploração madeireira ilegal pode minar esse esforço, roubando as chances de um futuro sustentável de países e comunidades" afirmou o diretor executivo do Pnuma, Achim Steiner, durante a divulgação do relatório.
Fonte: Blog da CPT Rondônia
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